quinta-feira, junho 07, 2007

O puteiro que chamam de sociedade

Vivemos em uma sociedade que é uma putaria e todos se dizem as "Virgem Maria" neste chinaredo. Esta é uma simples foto da sociedade em termos nada técnicos. Tudo isso pra perceber que falar a verdade é uma piada na atualidade. É isso mesmo! Manifestar uma opinião contrária a do Jornal Nacional e da Caras é algo extremamente engraçado.

O que gera o humor ou uma piada? O estranhamento. Até aí tudo bem?
Tu tem um fato e suas respectivas premissas, através delas podemos concluir algo. Tudo o que está contrário ao que concluímos tem a tendência de ser engraçado e espantoso. Esta aí o por que de quando alguém fala uma verdade como "vivemos em uma sociedade que é uma putaria e todos se dizem as Virgem Maria neste chinaredo" ou "eu não comeria a Kelly Key" ou ainda "estou fazendo faculdade para comprar um diploma" é tirado pra otário e motivo de risos, não somos sinceros no nosso dia a dia, a sociedade é hipócrita e não admite sua hipocrisia. Os seres acima da mediocridade tem que aturar piadinhas e risos por terem estudado pra uma prova, por serem criativos, por serem competentes, por pensarem e por serem sinceros não com os outros simplesmente, mas consigo mesmos.

Isto só me faz concluir uma coisa: a palavra sinceridade já não tem mais valor. O fato de todos se dizerem sinceros acaba com qualquer vestígio desta palavra e faz com que a similaridade do termo venha com a palavra "engraçado". Ser sincero é ser um grande piadista e não um grande homem. Talvez isto ocorra por sermos sinceros somente nas vitórias e nos erros apontamos para o "mentiroso" que está ao lado. Aprendemos a condenar e não a admitir nossos próprios erros. Mas admitir um erro é uma vitória! A velha relação causa vs. consequência e a falta de questionamentos sobre as causas pode ser alvo de uma discussão futura. Por hora, prefiro retratar o que chamam de sociedade e que talvez a falta de sinceridade, no que a palavra se propõe a existir, pode ser uma das causas desta putaria social.

5 Comments:

At segunda-feira, junho 11, 2007, Blogger Gustavo said...

Ei! Acho que conversei contigo sobre isso esses dias né!

Sabe, na esteira do que tu falou, amanhã, dia 12, será mais um dia de banalização do sentido das palavras. Claro que aqui cabia um estudo sobre a invenção das palavras e seus sentidos. Mas tu já parou pra pensar quantos irão dizer EU TE AMO amanhã, no tão-sem-sentido dia dos namorados? Cara, eu falo por mim, o que eu vivo com minha namorada é muito bom, sentimento inexplicável, e não vou limitá-lo a uma simples frase, prefiro não ter palavra para expressar o que sinto, pois qualquer conceito criado poderá ser desvirtuado.

Saiu um pouco do tema (redação anulada), mas na real é isso, parece que a interpretação das coisas não é mais subjetiva, de cada sujeito interpretar, e sim interpretação sob a ótica comum das pessoas e interpretação real, admitida por poucos.

É isso! Podem rir da minha sinceridade, mas eu não vou chorar da sua mediocridade! (essa frase poderia ser de um herói de algum livro da Ayn Rand né?)

 
At terça-feira, junho 12, 2007, Blogger Leonardo Croatan said...

Cara, um troço que eu vejo é a generalização do rótulo. Na escola tinha os nerds, os que jogavam bola, os que tinahm jeito de maloqueiro, os viados, as patricinhas, os metaleiros, os pagodeiros, os surfistas, os patetas engraçados, os patetas alvo de gozação... Era uma infinidade de subgrupos da raça humana.

Algumas dessas subclasses - poucas é verdade - eram preenchidas por algumas - poucas, de novo - pessoas que apenas eram (existiam) da forma que entendiam melhor. As outras imputavam a sim mesmas uma identidade (imagem, rótulo...) decorrente daquilo que se convencionou em determinado grupo.

Eu não sei se parece a mesma coisa pra vocês, mas o cara falar a real é, quase sempre, engraçado pra pra maioria das pessoas. Aí quem é sincero acaba simplesmente fazendo parte de um grupo, ainda que na vida adulta (ou essa faixa etária em que nos encontramos)de engraçadinhos que "sabe levar a vida numa boa". Ás vezes, o cara pode ser taxado de intelectual, por apenas percebero óbvio, e por quem o rotula não conseguir compreender, mesmo com a explicação.

O que quero dizer é que não faz diferença se tu é sincero ou não. O que parece importar é a classe humana da qual tu fará parte sendo real, quando isso, na minha opinião, é requisito para ser homem (ou mulher, enfim).

Então voltamos à divisão da escola. Tu pode ser um cagalhão, mas se estiver no grupo dos que brigam, ninguém vai te tirar pra bobo. Se tu vê a real, poucos vão duvidar da tua inteligência, mesmo que tu esteja errado, porque sequer haverá questionamentos sobre as tuas premissas e idéias.

E lfalar a real vai ser uma característica dos componentes desse subgrupo, no qual misturar-se-ão involuntariamente aqueles que de fato pensam e aqueles que se acham mais foda que o resto e chutam o balde semjuízo de valor, pelo simples fato de gostar da imagem que essa subclasse lhe concede.

 
At terça-feira, junho 12, 2007, Blogger Leonardo Croatan said...

"quando isso, na minha opinião, é requisito para ser homem"

isso = compreender a realidade


Ficou mal escrito esse parágrafo...

 
At quarta-feira, junho 13, 2007, Anonymous Anônimo said...

Na verdade, a intenção de grupos, instituições e idéias massificadas é dar sustento as merdas que cada um faz. Assim, o cagalhão vira macho em um grupo de brigões, pois os brigões sustentam a fama que ele quer ter e talvez nunca faça jus a isso. Essa é a real motivação dos grupos sociais atualmente, o parecer para o outro algo que sonha ser e não consegue. A velha teoria do auto-engano, pois o cara esta mentindo pra si mesmo e não para os outros. Pode estar aí uma razão para o "puteiro social", o fato de ninguém pensar sobre o que é, simplesmente agir da forma convencionada.

"Podem rir da minha sinceridade, mas eu não vou chorar da sua mediocridade!". Porra! Guarda isso hehehe

 
At quarta-feira, junho 13, 2007, Anonymous Anônimo said...

Aliás, hoje os valores são subjetivos e as conclusões são as mesmas. Já pensaram nisso?!

 

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