Nós, os representantes dos representantes
Meio para divulgar opiniões próprias de pessoas que não entendem (ou entendem) porque suas idéias são vistas com indiferença ou repulsa pela maioria.
Em tempos de lamentações ou comemorações do 11 de setembro, sempre acabo me questionando sobre o valor da história, tanto no seu estudo, por mais aprofundado que seja, quanto na tentativa de passar a informação a alguém. É incrível como a comunicação em si está muito ligada ao ato primário de expor a mensagem e no ato de receber esta mesma mensagem. Estes dois meios simples acabam, de certo modo, sendo determinantes para que a realidade não exista em qualquer diálogo sobre o passado, basicamente. A história em si é algo no passado transposto ao presente. Mas até que ponto é possível contá-la fielmente ou recebê-la sem interpretação? Praticamente impossível fazê-lo.
Qual o modo mais fiel de se contar uma história? Creio que é contar um fato próprio a respeito do cotidiano, em que a própria pessoa é o agente e conta a outrem. Creio que é o que pode se chamar de mais de acordo com o que "realmente aconteceu". Mas me pergunto: é possível levar a alguém os fatos tais quais como são? Dificilmente. Se nesta escala pequena e autobiográfica não conseguimos recontar um diálogo tal como foi ou uma história sem aumentar ou esquecer dos detalhes, imagine na escala de um 11 de setembro, por exemplo.
Por mais informação que podemos ter hoje, ao menos em volume e diversidade, chegamos sempre a uma conclusão que vira história, vai pros livros e é contada nos colégios. Neste caso, um ato terrorista, liderado por Osama Bin Laden em que dois aviões bateram nas torres do World Trade Center, nos Estados Unidos, e foram responsáveis pela queda dos prédios. Este é o lado A. Um dos lados B da conta de que o próprio governo americano foi responsável pelo ataque para ter o apoio da população na guerra que fez posteriormente, simplesmente por fins comerciais e de popularidade. Porém, por mais que se pareça ter relevância nos fatos, sempre a informação que chega parece vazia, justamente por ser algo sem muita base, por que não há como ter base neste caso. Simplesmente se trata de muitos interesses e nem mesmo os interessados devem saber o que realmente este fato representa, pois cada um tem um objetivo individual, o global acaba sendo ignorado. Alguém estava junto aos responsáveis pelo raciocínio da ação? Este mesmo alguém viveu o dia a dia de quem foi a agente disso e morreu nos aviões? Ninguém. A história neste caso não passa de uma especulação a respeito dos dados que estão evidentes a olho nu, mas que nada tem a ver com a realidade dos agentes formadores e participantes do fato em si.
Atualmente, ainda podemos discutir os fatos e temos imagens, registros deles ocorrendo. Podemos questionar as gripes como pestes generalizadas ou criação para iludir a todos e beneficiar o comércio de remédios, as guerras como luta contra o terrorismo ou pela grana do material bélico, se o Zico era um craque ou um amarelão na seleção, enfim, por mais que não cheguemos a conclusão real, ainda podemos observar o que aparece a olho nu. Porém, este olho nu está a quem da informação, do ato, do fato ocorrido.
Agora volto um pouco no discurso:
1) É difícil pra caramba contar um fato qualquer que aconteceu ontem na minha vida de forma correta e realista;
2) O receptor pode perceber o fato como um ato nada a ver com o mencionado. Fazê-lo entender é mais difícil do que contar;
3) Os fatos que temos hoje como concretos são quase impossíveis de ter uma conclusão realista, pela falta de informação dos agentes da história e a margem de interpretação e interesses envolvidos por quem conta;
4) Você ainda acredita no que aconteceu antes de Cristo, com Cristo ou na Idade Média, apesar da escassez de registros confiáveis?
Afinal, é mais ignorante quem esta a par da história, da imprensa, da informação ou quem não liga a mínima a respeito do que acontece externamente? É válido ser um historiador? Que diabos vale escrever este texto? Vamos fazer uma autobiografia e vendê-la no exterior?
Já que não se posta mais por aqui, segue abaixo mais um dos contos estranhos que escrevi.
Afinal, o que é o casamento?
Parando para pensar no amor, e como estudante – não exemplar – de Direito, cheguei a algumas conclusões que gostaria de compartilhar com os colegas. Por que as pessoas casam?
Por amor? Ok, mas o amor é natural, correto? Decorre da atração física, sentimental, monetária, qualquer atração, mas nasce de algo que não se consolida em um contrato. Não é por que as pessoas estão casadas que se amarão mais, ou pior: não é porque casadas que irão se amar. Sim, contrato porque o casamento é um contrato. E, diga-se de passagem, um contrato em que as duas partes saem perdendo. Claro que sim! Veja bem, em um contrato-casamento, os cônjuges assumem obrigações que antes não tinham, e muitas delas relacionadas ao patrimônio de ambos.
Pois bem, mas o nosso outro colaborador poderá se manifestar a respeito daquela comunhão em que nenhum bem é dividido. Sim, então, se o casamento em si não refere-se ao patrimônio, e como já supra mencionado, não refere-se ao amor, a que então destinar-se-ia um casamento baseado nesse tipo de comunhão?
Esqueço de mencionar o caráter religioso do matrimônio, instituto sagrado que leva ao conhecimento divino que os dois cordeirinhos agora querem ser pastores. Se fosse esse o propósito da igreja, não acredito que as paróquias cobrariam tanto pelo aluguel de seus altares, púlpitos, coroinhas, coral e todos os mais diversos aspectos que contribuem para o teatro sagrado. (veja-se, nesse sentido, parte final do filme “O filho do noivo”, em que o padre faz um orçamento do casório).
Antes que critiquem a generalização, quero dizer que acredito naqueles que fazem uma festa só para compartilhar com os outros a sua felicidade. Mas aí, de novo, vai por água abaixo se for realizada a cerimônia na igreja. Conheço casais que se casaram no civil (e aí recai novamente a minha pergunta: pra quê?) e que deram uma festinha só para comemorar com o pessoal. Tudo bem. Mas fato é que o instituto do casamento, no que se refere à igreja e contrato societário, é algo sem a menor substância, que retira a condição natural dos homens para, mais uma vez, minimizá-los no que chamamos de sociedade.
Diversas vezes na minha vida me deparei com um grave problema na era da dependência tecnológica: o defeito na porra do computador. Pois é, creio que este mal esta presente na vida da maioria dos cidadão de bem. A segunda merda é: quem faz um serviço decente na porra do computador?
eu minto ser