segunda-feira, junho 24, 2013

Nós, os representantes dos representantes



Uma breve nota acerca do pronunciamento “histórico” de nossa presidenta. Além de ouvir o pronunciamento e ouvir uma breve repercussão no Jornal Nacional, não li mais nada sobre o assunto, por isso, a opinião aqui emitida é rasa. Na verdade, não é uma opinião, mas uma observação.

A reforma política há muito vem sendo considerada necessária ao país, sendo, inclusive, promessa de campanha de muito dos representantes eleitos pelos cidadãos revoltados brasileiros. E tais representantes – analisando-os de forma teórica – constituem-se em pessoas dignas, dotadas de conhecimento e vontade de trabalhar pelo povo.

No entanto, nenhum governante ou parlamentar, até o momento, teve coragem de propor uma reforma profunda, que acabasse com privilégios de seus pares e, também, que causassem mudanças a cidadãos acomodados com o status quo que gozam diante dessa precária representatividade.

Agora, está em pauta a realização de plebiscito para a constituição de uma assembléia constituinte para tratar do tema.

Tal como dois mais dois são quatro, a união dos parágrafos precedentes só me leva a uma conclusão: por que a população precisa de tantos representantes se os mesmos só atuam quando a mesma população que os elegeu sai às ruas para pedir que eles façam o trabalho deles. E o que é pior, transferem à população a responsabilidade das decisões correlatas aos cargos nos quais estão investidos. 

É a terceirização da responsabilidade governamental.