sexta-feira, março 30, 2007

"Não existe festa sem beber"

Estava eu saindo de mais uma aula de Direito Administrativo, hoje, pela manhã, em direção ao bar em frente à Faculdade, quando ouvi alguém dizer, com, aquela voz que sugere "sou uma pessoa 'do bem', legal, e só consumo alimentos naturais" que

"Não existe festa sem beber"

Pensei um pouco sobre a frase, porque, de fato, muita gente pensa dessa forma.

Notei que, de uma forma indireta, podemos abstrair dessa suposta premissa a idéia de que não há como ser feliz conscientemente.

Não há como negar que o termo "festa" tem a si atribuída a noção de alegria e divertimento, o que pode ser ligado diretamente à felicidade.

Não é preciso ser gênio para saber que o ato de "beber" referido na frase em comento conceitua-se como o ato de ingerir bebida alcoólica até a embriaguez, o que é facilmente notado em qualquer "festa" que se vá.

Após esse breve pensamento, reparei de fato na contradição que é a idéia de felicidade no presente contexto.

Abdica-se da razão para atingir a felicidSalvar como rascunhoade de ser irracional. Abdica-se da razão para achar graça em elementos que o juízo de valor decorrente da razão não permite considerar.

Enfim... um post mais curto do que de costume, mas uma idéia que me veio à cabeça e achei interessante desenvolver um pouco.

1 Comments:

At sábado, março 31, 2007, Blogger Rafael said...

O legal é que, como sempre, o estranho no ninho é aquele que sabe beber ou que não bebe. Comemorações e bebida são conceitos um pouco antagônicos segundo a minha percepção já que um fato a ser "festejado" requer toda a consciência possível para construir um momento bacana, coisa que a bebida não dá. Agora, indo em um lugar comum para se enganar, a bebida cumpre o papel de ser irracional ou de ser um consciente no meio de uma sociedade média, reduzir-se ao mediocre. Acho que a maior merda está em ter aceitado a festa ser ter o que comemorar e não o fato de se enganar bebendo. Na real é tudo uma falácia...

Um fato legal que tem ocorrido comigo seguido é o fato de ser o observador de uma história da rua. Olhar, identificar-se com a rotina média e tirar proveito de uma situação para evoluir, ser soberano da minha realidade. Estou dando altas viajadas no meio da multidão como se estivesse gravando um filme sem camera. Muito maluco e indescritível...

Agora tu pode descer uma água gelada pra mim!

 

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